quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Uma passagem pela Cisjordânia

Tendo passado uns dias em Jerusalém e tendo restando algum tempo até ter de partir de novo em direcção ao kibbutz, decidimos, entre o grupo que fez a viagem junto, fazer uma visita a Belém, cidade vizinha de Jerusalém mas já no território ocupado da Cisjordânia.
O autocarro no qual fomos bem que precisa de uma manutenção e limpeza (como se poderá depreender pela primeira fotografia abaixo). Passado o "checkpoint" na fronteira entre o Estado de Israel e a Cisjordânia em Jerusalém Oriental, e tendo chegado à paragem de autocarros em Belém, eis que começa o assédio dos taxistas que nos seguem por centenas de metros. Tendo-nos livrado dos primeiros, era uma constante os taxistas pararem enquanto andávamos nas ruas de Belém para nos venderem as viagens de táxi por Belém. Estando nós a sentirmo-nos perdidos nas ruas de Belém e tendo nós sido abordados por um taxista mais simpático e concreto em relação a onde nos levar e quanto pagaríamos, eis que regateamos o preço da viagem para cada um até chegarmos ao valor de 40 shekelim por 3 horas. O taxista de nome Nasser mas conhecido por Abu Mahmoud (Pai do Mahmoud) levou-nos a visitar a Igreja da Natividade (suposto local de nascimento de Jesus Cristo), a Gruta do Leite, o Campo dos Pastores, um monte de onde se consegue ver quase toda a Cisjordânia assim como um kibbutz e um colonato judeu, assim como se fez um passeio pela zona histórica de Belém, se bebeu café árabe e se comeu falafel em frente do Muro da Cisjordânia.
A volta por Belém foi muitas vezes feita por locais interditos a veículos com matrícula israelita (que não é igual às matrículas na Palestina) tendo passado por um campo de oliveiras que o Abu Mahmoud afirmou serem propriedade da sua família mas não poder aproveitar as mesmas devidos a restrições impostas pelos israelitas. Passámos também muitas vezes por militares palestinianos (pelos vistos os palestinianos têm forças armadas) assim como por polícias palestinianos. A reclamação em relação aos quartéis militares israelitas assim como ao muro e aos colonatos de judeus eram uma constante da volta. Almoçámos falafel com pão pita, batatas fritas, salada e humus então em frente do tão famigerado Muro da Cisjordânia.
No final da viagem, o taxista ajudou-me a resolver um problema que tive com o bilhete que comprei no autocarro para regressar a Jerusalém.



 
 






 

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