A ida ao Kibbutz Lahav

Chegado aos escritórios do KPC (Kibbutz Volunteer Program Center) de modo a regularizar a minha inscrição para o programa de voluntariado nos kibbutzim, depois de uma noite passada no aeroporto de Telavive até amanhecer e haverem comboios de ligação ao centro da cidade e depois me ter enganado neste e ter ido parar à cidade de Netania, eis que me são ditos quais os kibbutzim com vagas para voluntários.

São-me enunciados primeiramente 2 kibbutzim junto à Faixa de Gaza, que por motivos óbvios recusei, seguindo-se um outro kibbutz junto à fronteira com a Jordânia onde queriam alguém para ir trabalhar na cozinha e o Kibbutz Lahav (apenas a 1 km da fronteira com o território ocupado da Cisjordânia) onde necessitavam de alguém para trabalhar a embalar carnes. Perante a minha indecisão entre estes 2 últimos acabei por escolher ir para o Kibbutz Lahav depois de saber que nesse mesmo escritório chegaria uma colega judia sul-africana que também iria para esse kibbutz e com a mesma fala um pouco de hebraico me poderia ser útil na comunicação com os motoristas tanto do autocarro em Telavive como da camioneta de Telavive para o entroncamento em Dvion onde depois teríamos de nos encontrar com o líder dos voluntários para sermos conduzidos até ao kibbutz.

Assim fomos. Depois de entrarmos na camioneta para o entroncamento em Dvion eis que ambos adormecemos dentro da mesma e quando acordámos não fazíamos ideia se já tínhamos passado a paragem ou não. Valeu a iniciativa de alguns passageiros sentados perto de nós em nos ajudarem com a paragem. De notar que a pessoa mais prestável foi uma rapariga com farda militar e uma metralhadora na mão e que se encontrava sentada nos bancos ao lado do meu.

Saindo da camioneta eis que faço uma chamada para o líder dos voluntários para confirmar se se encontrava nas imediações. Essa chamada de 30 segundos com um cartão SIM português em Israel para um número de telemóvel israelita custou-me... 3,50€! Mas ao menos o líder dos voluntários estava por lá...