Filme (em inglês e legendado em húngaro) onde são dramatizados os desafios enfrentados pelos habitantes dos primeiros assentamentos judaicos na Palestina e a forma como os mesmos foram vencidos.
segunda-feira, 18 de março de 2013
Um retrato da Palestina e dos primeiros assentamentos judaicos
Filme de 1937 que retrata a vida nas principais cidades da Palestina daquele tempo assim como os frutos dos primeiros assentamentos judaicos.
A Igreja da Sinagoga na Nazaré
As pessoas que leiam o título deste artigo sem saber do que se trata devem-se estar a sentir confusos e a perguntarem-se se se está a escrever sobre um templo cristão (igreja) ou sobre um templo judeu (sinagoga).
A Igreja da Sinagoga é um templo cristão situado na cidade da Nazaré e na posse da Igreja Ortodoxa Grega, construído no século XII pelos cruzados (guerreiros católicos) e que, para quem for crente, estará no mesmo local onde Cristo teria frequentado a sinagoga e daí o nome de Igreja da Sinagoga.
domingo, 17 de março de 2013
O primeiro filme sonoro sobre a Palestina
"The Land of Promise", o primeiro filme sonoro sobre a Palestina remonta a 1935 e neles são retratados os progressos obtidos pelos judeus desde os primeiros assentamentos baseados na agricultura até à fundação de instituições de ensino superior.
sábado, 16 de março de 2013
Quando a Diáspora vem a Israel
Vídeo que mostra o sentimentos dos judeus da Diáspora quando visitam Israel ou se decidem a fazer "Aliyah" e mudarem-se para Israel.
A integração dos refugiados judeus após a independência
Vídeo que mostra os problemas enfrentados pelos refugiados judeus que chegaram a Israel após a independência e o que foi feito para os integrar.
A segurança nas partidas do aeroporto de Telavive
O aeroporto de Telavive é bem conhecido pelos seus procedimentos de segurança e numa pesquisa pela internet não se demora muito a ter conhecimento de casos extremos dos mesmos (pessoas recusadas a entrarem em Israel por suspeita de participação em actividades pró-palestinianas, pessoas a terem de se despir em salas próprias de modo a ser verificado que têm explosivos consigo ou outros materiais que possam ser usados em actividades terroristas, pessoas sujeitas a interrogatórios por terem no passaporte carimbos de países muçulmanos, bagagens verificadas de fio a pavio, etc.).
Vou então relatar o meu caso.
Os check-in nos aeroportos costumam abrir 2 horas antes da hora do vôo mas em Israel estes abrem 3 horas antes e uma hora antes destes abrirem começam os procedimentos de segurança. O primeiro procedimento de segurança foi ser interrogado por uma funcionária do aeroporto acerca de para onde vou, quando tempo estive em Israel, o que estive a fazer em Israel e em que dia cheguei a Israel. Isto tudo acontece enquanto ela tem o meu passaporte na mão e vê as páginas todas do mesmo. É-me então pedido para que meta a bagagem toda deitada no chão, ao que atendo esquecendo-me de fazer isso com a mala do portátil que trazia nas costas e que pelos vistos passou despercebida para ela. São então colocadas etiquetas amarelas na bagagem e no passaporte. Feito isto passo então para a fase em que a minha bagagem é verificada numa enorme máquina de raio-x. Coloquei as duas malas que se encontravam etiquetadas na mesma e na altura lembrei-me que tinha a mala do portátil nas costas sem etiqueta e ao expôr isso ao funcionário que estava a trabalhar com a máquina foi-me dito pelo mesmo para eu passar mesmo assim sem me ser verificada esta mala (enquanto que outras pessoas tiveram de tirar os portáteis da bagagem para serem os mesmos verificados à parte). Depois de passar a bagagem pela mesma é-me perguntado se aquelas duas malas são minhas e perante a minha resposta positiva é-me dito para me dirigir à fila de espera para um balcão que se encontrava mesmo depois da máquina de raio-x (enquanto outras pessoas iam directamente ao balcão de check-in). Depois de esperar mais de meia-hora na fila de espera eis que sou finalmente atendido por um dos funcionários presentes no balcão sendo-me pedido para colocar as duas malas sobre o mesmo e depois para as abrir. É então que o funcionário vai buscar um instrumento parecido com uma piaçaba com o qual passa por toda a bagagem para detectar sei lá eu o quê. Depois desta verificação e de ter tido de colocar os líquidos todos dentro de apenas uma das malas é-me dito para pegar nas malas e ser acompanhado por um outro funcionário até ao balcão de check-in especial para os passageiros que passarem por este último (pensei eu que assim fosse) procedimento de segurança, mas pouco depois recebe esse mesmo funcionário uma indicação para eu ser levado de novo ao tal balcão. De novo nesse balcão é-me apontado o nome numa das malas e tive de a deixar lá nesse balcão e esperar nuns bancos que haviam preparados para as pessoas a passarem esta fase dos procedimentos de segurança. De notar que nesses bancos eu era o único ocidental que se encontrava por lá. Depois de cerca de meia-hora à espera que fizessem sei eu lá o quê com a minha mala, e a ver um indivíduo com características do Extremo Oriente a ser torturado com perguntas relativas ao carimbo da Jordânia que tinha no passaporte (onde esteve, com quem esteve, o primeiro e último nome da pessoa com quem esteve, o contacto da pessoa com quem esteve) e a ter a bagagem toda verificada de fio a pavio, lá alguém me chama do balcão a perguntar o que estava a fazer por lá e perante a minha resposta é-me entregue de novo a mala que muito provavelmente nem sequer foi tocada durante aquele tempo todo (pelos menos os dois fechos encontravam-se exactamente na mesma posição que anteriormente) e sou acompanhado de novo para o check-in especial para os passageiros que passaram pelo balcão dos procedimentos de segurança (e onde a mala onde eu tinha o portátil nem foi verificada).
Feito o check-in e pensando estar tudo o que diz respeito a procedimentos de segurança tratado dirijo-me à porta de embarque até me dar com a habitual verificação da bagagem de mão que existe nos aeroportos de todo o mundo após o check-in. Desta vez a mala do portátil foi verificada e foi-me pedido para colocar todo o conteúdo da mesma, incluindo o próprio portátil, numa caixa à parte e depois de voltar a ser usado o tal instrumento que parece uma piaçaba e que serve para detectar sei lá o quê.
Passado este procedimento, eis que finalmente me dirijo à porta de embarque para apanhar o vôo para Amesterdão com escala em Istambul não sei antes ter tirado das máquinas um chá de hortelã para gastar os shekelim que ainda tinha na carteira e abstrair-me de todo o procedimento de segurança anterior.
Atenções viradas para o conflito na Síria
Muito do espaço informativo das televisões em Israel é ocupado com o conflito na Síria. Para além do facto de a Síria não reconhecer o Estado de Israel (como a maioria dos países árabes do mundo) mantém um diferendo desde a Guerra dos Seis Dias (em 1967) devido à posse dos Montes Golã ocupados e anexados por Israel ao seu território. Mais recentemente, em Novembro de 2012 deu-se a queda de um míssil vindo da Síria em território israelita que motivo uma resposta de Israel que culminou já em 2013 com um bombardeamento israelita em Damasco, capital da Síria, sob o pretexto de que no local bombardeado se provisionava material bélico contra o Estado de Israel.
A Estrela de David Vermelha
O Magen David Adom (Estrela de David Vermelha) é o serviço de recolha de sangue, acidentes, ambulâncias e emergência médica de Israel. Formada pela enfermeira Karen Tenenbaum em 1930, esta organização passou a serviço nacional de emergência médica em 1950 após a aprovação do Knesset (parlamento israelita) e dois anos depois da independência do Estado de Israel.
A sua admissão no Movimento Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho foi negada até 2006 devido ao seu símbolo não ser aprovado pelo mesmo movimento (pese embora este tivesse desde 1929 aprovado o uso do crescente vermelho e o leão e Sol vermelho para os países muçulmanos e Pérsia, respectivamente).
É composta essencialmente por voluntários sendo a idade mínima para admissão os 15 anos. Desde 2001 que foi aberta a possibilidade para voluntários estrangeiros participarem nos trabalhos da organização durante 2 meses através do Programa de Voluntariado Internacional Yochai Porat. Também estrangeiros podem doar sangue à Estrela de David Vermelha através do programa "Sharing for Life".
sexta-feira, 15 de março de 2013
As minorias étnicas e religiosas em Israel
Já foi neste blog colocado um artigo inteiro sobre a maior de todas as minorias étnicas em Israel (e que até 1948 foram uma maioria), os árabes (na sua grande maioria muçulmanos mas também alguns cristãos). No entanto, em Israel vivem também outras minorias, tanto étnicas como religiosas.
A cidade antiga de Jerusalém está dividida em quatro bairros (Bairro Judaico, Bairro Muçulmano, Bairro Cristão e Bairro Arménio) sendo que um deles, o Arménio tal como o nome indica é habitado por arménios, um povo cristão (pese embora vivam num bairro diferente do Bairro Cristão predominantemente árabe), tendo sido o antigo Reino da Arménia o primeiro estado cristão no mundo (301 D.C.) remontando os registos mais antigos da existência desta comunidade em Jerusalém para o tempo do Império Romano.
No Norte de Israel, mais precisamente junto às fronteiras com o Líbano e a Síria, existe uma comunidade cuja definição é pouco precisa a começar na forma como os próprios elementos dessa comunidade se definem: os drusos. Os elementos deste grupo definem-se etnicamente como árabes (pese embora em Israel hajam elementos da comunidade que rejeitam esta definição) e religiosamente como muçulmanos, mas essa definição é rejeitada pelos seus vizinhos árabes muçulmanos que os consideram heréticos, apóstatas e impróprios de serem considerados muçulmanos devido à sua crença de que o califa Tariq Al-Hakim (século X-XI) foi uma encarnação de Deus e regressará no fim dos tempos. Durante séculos, e devido a perseguições, fingiram aceitar as doutrinas do islamismo dominante enquanto praticavam os princípios e rituais das suas crenças em segredo.
Outro caso de uma comunidade com base étnica e religiosa em Israel e cuja definição não é consensual é o caso dos samaritanos. O Estado de Israel considera-los judeus e também aos elementos deste grupo espalhados pelo mundo é reservada a possibilidade de fazer "aliyah" para Israel. Mas a judaicidade destes é contestada tanto pelos judeus ultra-ortodoxos como pelos próprios samaritanos. Os samaritanos consideram que os judeus tal como eles são descendentes dos hebreus mas divergiram em dois ramos diferentes enquanto os judeus ultra-ortodoxos consideram os samaritanos descendentes dos invasores assírios que terão acabado com o Reino de Israel no século VIII a.C. que se teriam convertido à religião do povo conquistado. As relações entre estes dois povos foram desde então conflituosas.
Outro caso de uma comunidade com base étnica e religiosa em Israel e cuja definição não é consensual é o caso dos samaritanos. O Estado de Israel considera-los judeus e também aos elementos deste grupo espalhados pelo mundo é reservada a possibilidade de fazer "aliyah" para Israel. Mas a judaicidade destes é contestada tanto pelos judeus ultra-ortodoxos como pelos próprios samaritanos. Os samaritanos consideram que os judeus tal como eles são descendentes dos hebreus mas divergiram em dois ramos diferentes enquanto os judeus ultra-ortodoxos consideram os samaritanos descendentes dos invasores assírios que terão acabado com o Reino de Israel no século VIII a.C. que se teriam convertido à religião do povo conquistado. As relações entre estes dois povos foram desde então conflituosas.
Mas a mais pequena de todas as comunidades religiosas em Israel são os Baha'i. A religião Baha'i nasceu na Pérsia (actual Irão onde os crentes desta religião são perseguidos) no século XIX e tem o seu centro em Haifa, Israel, onde foi construído um templo, com o maior e mais vistoso jardim de toda a cidade, sobre o local onde se encontram os restos mortais de Baha'u'allah, o criador da religião. Esta comunidade em Israel é composta apenas pelos voluntários (cerca de 700) que trabalham no templo e sua propriedade.
As origens dos judeus residentes em Israel
É bem conhecida a Diáspora dos judeus depois da destruição do Segundo Templo de Jerusalém após uma revolta contra os romanos em 70 D.C., pese embora hajam indícios de já existirem comunidades judaicas espalhadas pelo Império Romano ainda antes deste acontecimento. No entanto, houve um pequeno número de judeus que nunca saiu da Palestina após esse acontecimento: os mustarabes.
Não foram os judeus mustarabes, no entanto, quem idealizou o sionismo (ideologia de reconsituição do Estado de Israel). O sionismo foi idealizado por Theodor Herzl (nascido Benjamin Ze'ev Herzl e conhecido também pelo hebraico Hozeh Ha'Medinah que significa "Visionário do Estado") um judeu nascido em Peste (parte da actual cidade de Budapeste) em 1860.
O primeiro grupo de judeus sionistas que se estabeleceram na Palestina com o fim de criar o Estado de Israel eram judeus asquenazim ("alemães") provenientes do Império Russo (actual Federação Russa mas também Ucrânia, países bálticos, parte da Polónia, Caucaso, entre outros) e que procuravam fugir aos "Pogrom". Pouco depois deu-se a chegada de alguns judeus teimanim ("iemenitas") provenientes do Iémen, mas em número reduzido quando comparado com os judeus asquenazim.
Com as perseguições aos judeus no III Reich e territórios ocupados pelo mesmo dá-se a chegada à Palestina de mais judeus asquenazim mas também de alguns judeus sefardim ("ibéricos") provenientes de Itália, França, Países Baixos, Alemanha e Grécia.
Após a criação do Estado de Israel, uma vaga de judeus vindos de países árabes chegou a Israel. Entre os mesmo a maioria eram judeus mizrahim ("orientais") mas haviam também entre eles judeus sefardim descendentes de judeus expulsos de Espanha e Portugal no século XV.
Após a Revolução Islâmica no Irão, alguns judeus deste país foram viver para Israel (pese embora em pequeno número).
A queda da União Soviética levou a uma nova chegada a Israel de judeus asquenazim, enquanto a turbulência política na Etiópia levou a que Israel fosse buscar populações inteiras de "falasha" a este país, e mais recentemente deu-se a chegada de judeus da América do Sul (sefardim e asquenazim) devido aos problemas económicos e sociais da maioria dos países deste sub-continente (nomeadamente na Argentina).
Em relação à chegada de judeus da antiga União Soviética muito se fala em Israel acerca da tendência deste grupo para de certa forma se fechar sobre si mesmo continuando a preferir falar em russo ou ídiche entre si, e tendo lojas onde tudo está escrito em russo (o que não é o caso da loja na fotografia abaixo que foi colocada apenas como curiosidade devido ao seu nome). Também os "falasha" da Etiópia são motivo de alguma controvérsia devido a problemas com a integração dos mesmos.
quinta-feira, 14 de março de 2013
O serviço militar em Israel
O serviço militar em Israel é obrigatório para todos os cidadãos israelitas de ambos os sexos, maiores de 18 anos, judeus ou drusos, e voluntário para muçulmanos e cristãos. No caso das minorias, podem os elementos das mesmas serem incorporados em corpos à parte do dos judeus. Outras isenções podem ocorrer, como no caso dos judeus ultra-ortodoxos e pessoas com certos tipos de deficiências (o que não é o caso dos surdos a quem é dado treino em linguagem gestual).
O tempo de serviço militar obrigatório para os homens é de 3 anos enquanto para as mulheres é de 2 anos (pese embora nalguns casos possam ter de permanecer durante mais tempo). O pagamento feito aos militares que se encontram no serviço militar obrigatório é de 460NIS (cerca de cerca de 96€) mas estão isentos de pagar transportes sempre que apresentarem a identificação militar.
quarta-feira, 13 de março de 2013
A segurança em Israel
Como se pode imaginar, um país como Israel tem de levar bastante a sério a questão da segurança.
Nas ruas é bastante seguro andar a qualquer hora (mesmo em Telavive) e não há o medo da criminalidade. Mas nas entradas de centros comerciais, postos de correios, estações rodoviárias e estações ferroviárias é frequente a presença de seguranças ou mesmo polícias com detectores de metais, assim como verificação de bagagens (sendo que neste caso o nível de zelo varia bastante).
Mas o caso mais paradigmático é o do aeroporto de Telavive bastante famoso pelos seus procedimentos ligados à segurança que podem em muitos casos ser bastante constrangedores (principalmente nas partidas). No entanto, sobre este caso em particular farei um artigo à parte quando por esses procedimentos tiver eu mesmo que passar.
terça-feira, 12 de março de 2013
Os preços em Israel II
Já aqui escrevi no blog um artigo a relatar a carestia de vida em Israel. E pese embora tenha apontado algumas excepções (poucas) a esta tendência para a carestia de vida houve algumas que ficaram por relatar por falta de informação. Um exemplo é o preço de alguma fruta por cá, como por exemplo as laranjas que se podem encontrar à venda a 3NIS o quilograma (cerca de 0,65€).
Tampões de protecção contra ressono
Um dos maiores problemas quando se dorme num dormitório de um hostel é quando há um hóspede no mesmo quarto a ressonar. Mas também é verdade que existem tampões auditivos, que foram concebidos mais a pensar na utilização no sector da indústria que propriamento nos serviços, que vi a serem disponibilizados pela primeira vez num hostel em Jerusalém.
segunda-feira, 11 de março de 2013
"Aliyah"
"Aliyah" é uma palavra hebraica que significa "ascensão" e refere-se à migração de judeus da Diáspora para o Estado de Israel (inicialmente para a região historicamente chamada de Palestina. Os primeiros movimentos de "Aliyah" começaram nos finais do século XIX mas têm vindo a suceder-se com alguma frequência desde a criação do Estado de Israel (por vontade própria ou para fugir a perseguições). Na actual população judaica de Israel incluem-se pessoas com ascendentes, ou elas próprias vindas, de 90 países diferentes.
A Lei do Retorno permite que judeus ao redor do mundo, assim como descendentes filhos, netos ou conjuges dos mesmos, se possam estabelecer em Israel e adquirir a nacionalidade.
A Lei do Retorno permite que judeus ao redor do mundo, assim como descendentes filhos, netos ou conjuges dos mesmos, se possam estabelecer em Israel e adquirir a nacionalidade.
Pedir boleia em Israel
Em muitos países do mundo o sinal para se pedir boleia é colocar o polegar para cima. Em Israel esse gesto não é muito aconselhado visto estar muitas vezes associado à prostituição e assim deve-se antes extender o braço na diagonal em direcção ao solo e extender os dois dedos seguintes ao polegar com o mesmo encolhido.
domingo, 10 de março de 2013
A gestão da água em Israel
Israel é um país onde a água não abunda (cerca de 60% do território é deserto) mas fruto de uma capacidade de aproveitamento e gestão da água que começou ainda antes da criação do Estado de Israel e ao qual a conquista dos Montes Golã à Síria em 1967 deu uma grande ajuda, a água não tem faltado nas torneiras em Israel. No entanto, não é difícil encontrar avisos relacionados com a necessidade de poupar a água, sendo o mais caricato o que se segue na seguinte fotografia tirada num hostel em Tel Aviv.
sábado, 9 de março de 2013
Os mapas de Israel
Pese embora Israel tenha ocupado militarmente a Faixa de Gaza e a Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias (em 1967) nunca estes territórios (excepto a parte oriental de Jerusalém) foram anexados ao Estado de Israel, mantendo-se os mesmos como "territórios ocupados". Em 2005, Israel desocupou a Faixa de Gaza. No entanto, em Israel não é difícil ver mapas onde a Faixa de Gaza e a Cisjordânia aparecem como fazendo parte do território do Estado de Israel.
sexta-feira, 8 de março de 2013
Temporizador do termo
Já anteriormente escrevi neste blog um artigo sobre os termos electricos colocados no telhado e alimentados a energia solar. Em relação aos termos, outra coisa que se pode ver são os temporizadores para os mesmos, como o da fotografia abaixo que é entregue aos hóspedes de um hostel em Jerusalém, cada vez que é feito o primeiro "check-in" num quarto para ser o mesmo ligado à corrente, e é dito aos mesmos para ser colocado o temporizador para 20 minutos quando for altura de tomar banho.
O serviço de transporte ferroviário em Israel
Em Israel existem apenas duas linhas férreas: uma que vai Nahariya (no norte) a Dimona (no sul) e outra que vai de Tel Aviv a Jerusalém. O tipo de comboio que faz os serviços tanto expresso como a parar em todas as estações é o mesmo, sendo a diferença apenas no número de paragens feitas no percurso. Embora seja mais caro que o serviço de transportes rodoviários pode ser mais prático de caso de se pretender ir de um local a sul de Tel Aviv para um local a norte de Tel Aviv já que na maioria dos casos um transbordo é necessário no transporte rodoviário.
terça-feira, 5 de março de 2013
Um fraldário em Israel
Tal como acontece nos centros comerciais mais modernos e alguns outros estabelecimentos em Portugal, também em Israel existem os fraldários. Mas, enquanto em Portugal (e em todos os outros países que visitei até agora) os fraldários são um espaço à parte em relação às casas-de-banho masculinas e femininas, num centro comercial na Nazaré (a cidade israelita e não a vila portuguesa) os fraldários estão integrados nas casas-de-banho femininas.
Agora fica a questão de saber o que poderá um homem fazer se estiver apenas com uma filha bébé no centro comercial e precisar a certa altura de lhe mudar a fralda.
Agora fica a questão de saber o que poderá um homem fazer se estiver apenas com uma filha bébé no centro comercial e precisar a certa altura de lhe mudar a fralda.
A higiene e segurança no trabalho
Muitos casos vejo em Israel de negligência em relação à segurança e higiene no trabalho mas até agora poucas oportunidades tive de poder tirar uma fotografia de algum caso em concreto, até me ter deparado com o exemplo (mau) na fotografia abaixo tirada na cidade de Tel Aviv-Yaffo. Para quem não conseguir perceber a foto: o trabalhador está apoiado sobre uma bicicleta para poder chegar à altura da placa que é para ser retirada.
Substitutos da carne suína
Nem todos os israelitas se regem pelas regras do "cashrut" pese embora os judeus e os árabes quase totalizem a população do país. De entre os judeus há quem não tenhas problemas em comer carne de porco mas outros há que procuram produtos com a mesma aparência de produtos de carne de porco mas com origem na carne de outros animais (salsichas de carne frango, por exemplo). Fiquei surpreendido com a semelhança e sabor idêntico do produto na fotografia com o semelhante feito a partir de carne de porco. Ou pelo menos segundo os empregados do alojamento em Haifa o mesmo era feito de carne de vaca.
O certificado de "kosher"
É um documento que pode ser visível em algumas lojas de restauração em Israel mas de longe muito mais visível em Jerusalém que em alguma outra cidade.
O certificado kosher é um documento emitido para atestar que os
produtos fabricados por uma determinada empresa obedecem as normas específicas
que regem a dieta judaica ortodoxa. Ele é mundialmente reconhecido e atribuído
como sinónimo de controlo máximo de qualidade.
O processo de emissão para um certificado Kosher depende da colaboração e total transparência nas informações que serão permutadas entre ambas: a empresa que fabrica o produto e a entidade judaica que emitirá o documento.
O processo de emissão para um certificado Kosher depende da colaboração e total transparência nas informações que serão permutadas entre ambas: a empresa que fabrica o produto e a entidade judaica que emitirá o documento.
Na primeira etapa deste procedimento, uma pesquisa minuciosa é
realizada para levantamento de dados sobre os ingredientes que compõem os
produtos (componentes, fluxograma e lista de fornecedores), bem como o processo
de fabricação empregado (sistema de caldeiras, vapor, planta da fábrica, etc).
Na segunda etapa, após ter sido constatado que o produto (ou
produtos) em questão preenchem as normas da dieta "kasher" (ou "kosher" em ídiche), é agendada uma visita
de um rabino ortodoxo à fábrica, para que o produto possa ser aprovado. Sem a
avaliação de um rabino ortodoxo, perito neste assunto, um certificado kosher
jamais poderá ser emitido.
O rabino deverá ser acompanhado na fábrica por uma pessoa que
responda por todos os detalhes no processo de fabricação. Geralmente esta tarefa
é realizada pelo gerente de produção ou gerente de qualidade. Inclusive deve
possuir uma ampla visão do planejamento estratégico da empresa (previsão de
lançamento de novos produtos e seus prazos, planeamento de testes de outros
produtos em determinada linha de produção, se já houve, há ou haverá
tercerização de alguns produtos dentro e/ou fora da empresa, etc).
Os produtos continuarão sendo acompanhados periodicamente para
que continuem a preencher todos os requisitos que o tornam apto para o
recebimento de certificado kosher.
O mesmo possui validade internacional de um ano, a vigorar a partir da data na qual é emitido, e poderá ser renovado ao final deste prazo, mediante nova visita do rabino à fábrica.
O mesmo possui validade internacional de um ano, a vigorar a partir da data na qual é emitido, e poderá ser renovado ao final deste prazo, mediante nova visita do rabino à fábrica.
Um ponto fundamental que deve ser salientado é uma relação
de total transparência que deve ser mantida entre a empresa fabricante e a
entidade judaica que aprova o consumo de seu produto para a comunidade judaica.
No caso de haver qualquer alteração dos ingredientes ou no processo de
fabricação, estes deverão ser imediatamente comunicados ao departamento de
"cashrut" (leis alimentares judaicas) responsável, sob pena de perda de fiabilidade e anulação do
certificado.
Regras básicas:
Regras básicas:
- Certos animais não podem ser consumidos de forma alguma. Essa
restrição inclui a carne, os orgãos,os ovos e o leite desses animais. Mesmo os
animais permitidos só podem ser ingeridos se forem abatidos de acordo com as
regras da lei judaica.
- Todo o sangue deve ser drenado da carne antes de comer.
-Algumas partes de animais permitidos não podem ser
ingeridas.
-Carne não pode ser ingerida junto com leite. Peixes, frutas,
vegetais e grãos podem ser comidos tanto com carne quanto com leite
-Os utensílios que estiveram em contacto com carne não podem ser
utilizados com leite e vice versa.
- Produtos a base de uva fabricados por um não-judeu não podem
ser consumidos.
- Somente os peixes que possuem escamas e nadadeiras podem ser consumidos.
- Todos os tipos de moluscos e frutos do mar são proibidos.
- Somente os peixes que possuem escamas e nadadeiras podem ser consumidos.
- Todos os tipos de moluscos e frutos do mar são proibidos.
- Os vegetais e grãos devem ser rigorosamente supervisionados
para que não hajam vermes ou insectos.
segunda-feira, 4 de março de 2013
O leite em Israel
Nos países do sul da Europa o leite à venda é na sua grande maioria pasteurizado e logo vendido à temperatura ambiente. Nos países do norte da Europa o mesmo costuma ser vendido fresco. Em Israel, pesem embora as temperaturas sejam mais elevadas que no sul da Europa, o leite à venda é na sua esmagadora maioria fresco e necessitando de ser mantido no frigorífico para não se estragar.
Muito popular é o leite vendido em saco para poupar espaço no frigorífico.
Lahav North Nature Reserve
Esta reserva natural fica situada nas imediações da floresta de Lahav que por sua vez fica situada nas imediações do kibbutz Lahav. A sua grande atracção são as grutas impróprias para claustrofóbicos. Apenas consegui percorrer as mesmas até a partir de certo ponto a claustrofobia ter falado mais alto.
O serviço de transporte rodoviário em Israel II
Num artigo que escrevi sobre os preços em Israel referi os preços do transporte rodoviário como sendo uma excepção na carestia de vida neste país. De facto em alguns casos os transportes podem ser bastante baratos mas não há necessariamente uma relação distância/preço.
Para ir de Tel Aviv ao cruzamento de Devira (a 10 km do kibbutz Lahav) o bilhete custou 18,60NIS (cerca de 3,70€) para uma viagem de cerca de 100km. Para ir do kibbutz Lahav à cidade de Be'er Sheva (a cerca de 25km de distância) a viagem custa 13,50NIS (cerca de 2,60€). Para ir de Eilat a Be'er Sheva (a cerca de 250km de distância) a viagem custa 57NIS (cerca de 11,10€).
Também o tipo de serviço não parece influenciar o preço do transporte: ir de Be'er Sheva a Jerusalém custou os mesmos 30NIS (cerca de 6€) no serviço directo como no serviço que pára em tudo o que são paragens.
Shakshuka
Uma receita muito popular por estes lados, mesmo que originada no Norte de África onde existiam grandes comunidades judaicas até à criação do Estado de Israel, é a "shakshuka". Este prato consiste num ovo escalfado rodeado por molho de tomate, podendo-se acrescentar algo mais (geralmente ervas e especiarias) ao mesmo dependendo do gosto de cada um. O exemplar que se encontra na fotografia não tem a melhor apresentação pois foi consumido como parte integrante de um pequeno-almoço "buffet" num hostel em Eilat mas nos restaurantes é sempre servido com o ovo no centro e o molho de tomate a envolver.
domingo, 3 de março de 2013
A população árabe em Israel
A população árabe, a maior das minorias étnicas em Israel, é cerca de 20% do total (no território do Estado de Israel e excluindo os territórios ocupados) tendo sido a maioria da população da Palestina até à Guerra da Independência de Israel em 1948-1949. No entanto, em muitos locais dentro do território do Estado de Israel, os árabes (maioritariamente muçulmanos mas também alguns cristãos) são a maioria da população se não mesmo a totalidade (como é o caso de algumas aldeias de beduínos no Negev). A língua árabe é juntamente com o hebraico língua oficial de Israel e em muitos locais é a única língua utilizada no dia-a-dia. Os árabes têm os seus partidos políticos e na cidade da Nazaré (predominantemente árabe) é possível ver os letreiros das lojas apenas em árabe assim como cartazes de propaganda eleitoral.
A condução dos israelitas
Só há uma coisa a dizer da forma como este povo conduz: perigosa.
Não é invulgar verem-se situações na qual um veículo se encontra numa avenida com 3 vias em cada sentido e perante um cruzamento u entroncamento onde é necessária a selecção de via haver um veículo na via mais à esquerda a cortar para a direita mesmo quase em cima do cruzamento ou entroncamento. Outra situação bastante vulgar é um carro sair do estacionamento ou paragem e estar o carro mesmo à frente a fazer o mesmo sem que o condutor do carro que está atrás espere que o condutor do carro que está em frente conclua o movimento. Nas estações rodoviárias pouca atenção os condutores das camionetas ou autocarros prestam ou cuidado têm com os veículos que estão a passar antes de fazerem a marcha-atrás para sairem da linha na qual estavam parados ou estacionados.
Kadaif
O "kadaif" (cujo nome faz lembrar Kadafi) é uma sobremesa que pese embora não esteja entre as mais consumidas por estes lados é tido como algo da gastronomia local. É bastante doce (demasiado, em minha opinião) e ao contrário do exemplar que se vê na fotografia (comprado no supermercado) a parte com a textura do "ninho de pássaro" costuma estar a cobrir o recheio interior.
Irá o Estado de Israel sobreviver?
Bret Stephens, colunista de diplomacia no Wall Street Journal, fala dos perigos para a sobrevivência do Estado de Israel.
sexta-feira, 1 de março de 2013
"Shape of the Future"
Documentário sobre a situação passada, actual e o futuro nas relações entre israelitas e árabes palestinianos.
O serviço de transporte rodoviário em Israel I
O serviço de transporte rodoviário em Israel não se pode considerar no geral mau: o preços não são altos e entre as principais cidades do país as ligações são bastante regulares (exceptuando durante o "shabat").
No entanto há coisas que se têm de fazer notar como a ausência de informação relativa aos horários das diferentes linhas nas estações e paragens (e estou a falar de ausência total de informação e não apenas de ausência de informação em inglês), a falta de informação do pessoal das estações rodoviárias em relação aos horários dos transportes (ou talvez apenas falta de vontade em as darem) e a intransigência de muitos motoristas assim que fecham a porta da camioneta em deixarem entrar mais um passageiro mesmo que a camioneta ainda esteja parada na linha de partida.
A minha pior experiência com os motoristas por cá deu-se na estação rodoviária de Be'er Sheva quando pretendia apanhar uma camioneta para o kibbutz. Foi-me inicialmente dito que teria de apanhar a camioneta 47 que iria partir dentro de momentos. Chegado à mesma pergunto ao motorista se aquele é o transporte que vai para o kibbutz Lahav ao que me responde que sim. Entro então na camioneta para pagar o bilhete e ir para o kibbutz, processo no qual o motorista não percebeu o que eu pretendia quando perguntar quanto era o bilhete mas que ele lá me acabou por vender. Indo então dentro da camioneta começo a constatar a certo ponto que a mesma começa a voltar para trás em direcção a Be'er Sheva depois de ter ido a Lehavim (não muito longe do kibbutz Lahav mas também não muito perto). Dirijo-me então ao motorista para lhe perguntar o porquê de não ir ao kibbutz Lahav. Parco em inglês (quero acreditar) lá me vem tentando dizer que é na próxima volta que irá para o kibbutz Lahav mas chegado de novo à estação rodoviária de Be'er Sheva em conversa com um passageiro sobre isso (o passageiro pelos vistos sabia melhor do percurso da camioneta que o próprio motorista) diz-me depois que afinal não é aquela a camioneta que vai para o kibbutz Lahav. Confrontando-o com o facto de ter já comprado o bilhete depois de no início da volta anterior me ter afirmado ir ao kibbutz Lahav, pergunto-lhe o que fazer com o mesmo e tenho apenas como resposta que não pode fazer nada em relação a isso. Foi então que amassei o bilhete à frente dele até fazer uma bola e o atirei para a cara antes de sair da camioneta.
Volto a perguntar a outra pessoa a trabalhar na estação qual o transporte para o kibbutz Lahav, ao que desta vez me é respondido ser a camioneta 42 que partirá apenas às 18:45 (eram cerca de 14:00 na altura). Depois de lá ter dado a "volta dos tristes" pela cidade de Be'er Sheva, eis que chego à estação de novo antes da suposta hora da linha 42. Chegada a hora, não apareceu nenhuma camioneta da linha 42 onde era suposto e ninguém me conseguia dar informações. Sendo este supostamente o último transporte para o kibbutz e vendo uma camioneta da linha 47 a começar a partir pelas 19:00, e em desespero por tentar ao menos chegar a alguma informação por parte do motorista sobre se áquele horário iria para o kibbutz Lahav, eis que decido correr para colocar a tal questão. Mas a porta fechou-se pouco antes e, quando chego à mesma o motorista recusa-se a abrir. Estive para desistir mas quando vejo que alguns dos meus colegas do kibbutz se encontram no interior da camioneta começo a insistir com o motorista para me abrir a porta, ao que a reacção do mesmo é começar a marcha. Sabendo que já não teria mais nenhum transporte para ir para o kibbutz depois daquele, meto-me à frente da camioneta para a não deixar passar. O motorista começa a buzinar mas eu insisto enquanto um dos meus colegas me vê e vem dizer ao motorista que faço parte do grupo deles para me deixar entrar. O motorista insistiu em não me deixar entrar e eu insisti em não o deixar iniciar a marcha até que por fim o mesmo acaba por ceder e me deixar entrar.
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