sexta-feira, 15 de março de 2013

As origens dos judeus residentes em Israel

É bem conhecida a Diáspora dos judeus depois da destruição do Segundo Templo de Jerusalém após uma revolta contra os romanos em 70 D.C., pese embora hajam indícios de já existirem comunidades judaicas espalhadas pelo Império Romano ainda antes deste acontecimento. No entanto, houve um pequeno número de judeus que nunca saiu da Palestina após esse acontecimento: os mustarabes.
Não foram os judeus mustarabes, no entanto, quem idealizou o sionismo (ideologia de reconsituição do Estado de Israel). O sionismo foi idealizado por Theodor Herzl (nascido Benjamin Ze'ev Herzl e conhecido também pelo hebraico Hozeh Ha'Medinah que significa "Visionário do Estado") um judeu nascido em Peste (parte da actual cidade de Budapeste) em 1860.
O primeiro grupo de judeus sionistas que se estabeleceram na Palestina com o fim de criar o Estado de Israel eram judeus asquenazim ("alemães") provenientes do Império Russo (actual Federação Russa mas também Ucrânia, países bálticos, parte da Polónia, Caucaso, entre outros) e que procuravam fugir aos "Pogrom". Pouco depois deu-se a chegada de alguns judeus teimanim ("iemenitas") provenientes do Iémen, mas em número reduzido quando comparado com os judeus asquenazim.
Com as perseguições aos judeus no III Reich e territórios ocupados pelo mesmo dá-se a chegada à Palestina de mais judeus asquenazim mas também de alguns judeus sefardim ("ibéricos") provenientes de Itália, França, Países Baixos, Alemanha e Grécia.
Após a criação do Estado de Israel, uma vaga de judeus vindos de países árabes chegou a Israel. Entre os mesmo a maioria eram judeus mizrahim ("orientais") mas haviam também entre eles judeus sefardim descendentes de judeus expulsos de Espanha e Portugal no século XV.
Após a Revolução Islâmica no Irão, alguns judeus deste país foram viver para Israel (pese embora em pequeno número).
A queda da União Soviética levou a uma nova chegada a Israel de judeus asquenazim, enquanto a turbulência política na Etiópia levou a que Israel fosse buscar populações inteiras de "falasha" a este país, e mais recentemente deu-se a chegada de judeus da América do Sul (sefardim e asquenazim) devido aos problemas económicos e sociais da maioria dos países deste sub-continente (nomeadamente na Argentina).
Em relação à chegada de judeus da antiga União Soviética muito se fala em Israel acerca da tendência deste grupo para de certa forma se fechar sobre si mesmo continuando a preferir falar em russo ou ídiche entre si, e tendo lojas onde tudo está escrito em russo (o que não é o caso da loja na fotografia abaixo que foi colocada apenas como curiosidade devido ao seu nome). Também os "falasha" da Etiópia são motivo de alguma controvérsia devido a problemas com a integração dos mesmos.  

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